quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Lacrime di Giulietta

Maravilhoso. Vale a pena verem até ao fim.  Atenção, nada é deixado ao acaso, ao sabor do desenho: TODOS os pormenores estão arrumados correctamente na pauta, até as folhas da árvore.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Gratidão

Quando o azar lembra um bebé adormecido, inocente no sono dos mais inocentes, sem reconhecer a nossa existência - fiel e infeliz companheira na cumplicidade de tanta má sorte -, andamos com pezinhos de lã, para que tão cedo ele não desperte, na esperança de prolongarmos a fase abençoada, em que as peças da vida parecem encaixar numa harmonia que já não julgávamos possível. As expectativas quase ao nível zero. O que vai surgindo deixa-nos nos olhos a mais grata expressão de espanto. Nas mãos, a gratidão e a esperança, sim, que é semente cultivada, a tentar que a maré construa corpo, solidificando o nossa sorte. Que estes dias não sejam feitos de vento mas rijos, tendões e músculos, carne e pele tonificadas por muitos amanhãs. Para que a vida se vá erguendo das cinzas...e a nossa esperança possua alicerces. Não seja apenas ilusão, o etéreo conforto dos infelizes que, a cada dia, inventam novas razões para sorrir.
Obrigada, mana Rita G. 

domingo, 25 de janeiro de 2015

Bolota

Faz três anos que adoptámos a Bolota. Nunca tinha tido uma cadela e estou fã. É maluca e adorável. Mimosa, brincalhona, esperta. Bendito o dia em que a fomos buscar ao canil de Torres Vedras, onde ela vivia há cerca de um ano. Ficará sempre na lista das melhores decisões.







Aqui o link para o post escrito no dia em que a Bolota chegou

sábado, 24 de janeiro de 2015

All about that bass

 Duas versões do mesmo tema. Este primeiro tocado e interpretado ao jeito de Nina Simone, por Kate Davis...mas em bom :-)
Because you know I'm all about that bass
'bout that bass, no treble
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass, no treble
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass, no treble
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass

Yeah it's pretty clear, I ain't no size two
But I can shake it, shake it like I'm supposed to do
Cause I got that boom boom that all the boys chase
All the right junk in all the right places
I see the magazines working that Photoshop
We know that shit ain't real
Come on now, make it stop
If you got beauty beauty just raise 'em up
Cause every inch of you is perfect
From the bottom to the top
Yeah, my momma she told me don't worry about your size
She says, boys they like a little more booty to hold at night
You know I won't be no stick-figure, silicone Barbie doll
So, if that's what's you're into
Then go ahead and move along
 
 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Dia bom

Tirada por mim, perto de casa
 Foi um dia bom.
o telemóvel a tocar pela manhã, duas vezes. Duas boas notícias. Uma óptima, outra boa. E o dia logo a ganhar cor.
Depois as horas passando em beatitude, em normalidade, até que chega o momento de receber uma nova amiga pela primeira vez na nossa casa: tudo tem de estar bem, os cheiros, a luz, a música, o posto de rádio ao qual se retira a poeira, a lembrar que a música também é importante na nossa vida; ou deveria, não só os livros, as leituras, a escrita, a fotografia, o estudo do instrumento, mas a música, como companheira das horas mais leves, de ócio. A música pela música.
O tempo voa e é tão bom quando voa assim. Quando deixa a vontade de voos maiores, mais prolongados, mais longínquos, a explorar novos territórios.
Jantamos fora no consolo de sabermos que os meses seguintes serão um pouco mais leves, só um pouco mais leves. O dia fechando-se com dedicatórias em frontispícios, livros trocados, além dos abraços, da saudade que já sentimos por uma amizade fresca, cheia de raminhos verdes, a querer rebentar. aqui estaremos para novos encontros. E tão maior será o nosso jardim.
Pousar a cabeça na almofada pensando "que bom estarmos vivos", sentirmos o privilégio de sermos ainda donos das nossas horas, das nossas vontades. Nem sempre, mas às vezes.
Hoje foi, sem dúvida, um dia bom, aconchegado em esperança. E estamos tão precisados de esperança.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Cantilena 1

MS #36 © Nanã Sousa Dias
Cantilena da viúva

Pingo, pingo, enche a poça
Quem te descalçou a bota?
Foi o velho da ribeira
que anda à volta da fogueira.
Barro, barro na cabaça
vai a rolar pela praça
E lá dentro vai a velha
qu saiu pela janela,
com a panela na mão,
a gritar com a voz no chão,
Ai jesus que lá vou eu
Rua abaixo até ao rio
Já não tenho quem me acuda
nem a galinha me ajuda.
Foi a torta, saiu mal,
levou vidro em vez de sal.
Era a velha a querer matar 
o marido p'ra depois,
se juntar aos outros dois
rapagões de casa cheia
e ela sem um pé de meia...
E agora, quem cozinha?
Bato à porta da vizinha
Diz o velho interesseiro
que há-de cair bem primeiro
Que o carregue o diabo
mais o vinho entornado
antes de matar a porca
muito vinho ele emborca.
Diz a velha mesmo antes 
de cair atrás da porta.
Foi um sonho que lhe deu
Que o marido já morreu.

(inéditos, © Vera de Vilhena)

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Anginas

Anginas - será o plural feminino de "anjo"? Não me parece justo.
I wonder, nestes dias de frio e de chuva. Cuidem-se, que os anjos também se constipam e, ao ficarem de cama, não podem cuidar de todos nós.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Happy unhappy Day :-)

Só para dar o exemplo, neste que dizem ser o dia mais triste do ano, lá porque é a terceira 2ª feira de Janeiro (vá-se lá perceber o critério...), deixo-vos com um video que já foi visto cerca de 552 milhões de vezes no Youtube. Caramba, devemos estar, realmente, a precisar que nos alegrem :-)
Então tomem lá e divirtam-se! (só para contrariar as estatísticas, vá)
E já agora.....OBRIGADA PELAS 60.000 (e quinze!) visitas a este blogue! :-)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Mia Gentile

Fiquem-se com este Mix engraçadíssimo da cantora Mia Gentile, brincando com os jungles-tipo. Reconheço-os bem, pois no passado gravei uns quantos destes :-) Bom fim de semana, sim? Divirtam-se, que eu também.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Miss Marple

Estou fã do novo remake de Miss Marple (enfim, novo para nós, portugueses, pois foi gravado no Reino Unido entre 2004 e 2008). Geraldine McEwan vai lindamente, com o seu sorriso, o brilho dos seus olhos, o porte de pássaro. Por enquanto teremos o prazer de vê-la protagonizar a famosa personagem criada por Agatha Christie; mas como, em 2008, Geraldine se reformou da série, na 4ª temporada em diante o papel será desempenhado por Julia McKenzie. Não há uma apresentação, um excerto ou genérico que lhe faça justiça, infelizmente. Deixo-vos com um tributo a Geraldine, em vários episódios de Miss Marple.
Dá na Fox Crime, 2ª feira, 23.10. E eu gravo todos.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Vida Perdida


© Nanã Sousa Dias

ando em busca da vida que perdi.
alguém viu passar os dias
que escorreram de mim?

se os virem, se pelo caminho se cruzarem
com a vida que maltratei,
peçam-lhe por mim perdão,
que me deixe viver aquilo que agora sei.

dizem-me os ventos
que anda perdida na rua,
chorando, tremendo nua.

algo disse que a ofendeu,
gestos que dei, mas não eram meus…

 e a chuva anuncia, com mágoa no olhar:
– Vi a tua vida, há tanto perdida,

doente, cansada
de ter solidão e inverno no peito
E mais nada

deitou-se a seu jeito, envelhecida
na estrada vazia
e morreu.

(Vera de Vilhena, inédito, 2015)

sábado, 10 de janeiro de 2015

Novo sentido

 Este é o poder da música. Neste arranjo soberbo, quase mágico, um video que circulava há anos no Youtube, mostrando, para nos fazer sorrir, uma cacofonia de notas, a comicidade de um gato revelando ao mundo que adora retirar sons do piano, tudo ganha sentido aos nossos ouvidos - fazendo-nos sorrir, novamente, mas tocando, desta feita, uma outra corda da nossa sensibilidade. Escutem com atenção este sentido no caos, como a velha secretária de um escritor.
Será que este gato escutava, dentro de si, uma qualquer orquestração semelhante, quando parecia improvisar? Nunca saberemos. ;-)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Exangue




Os passos maiores do que as pernas que não tenho. Dispondo palavras a cumprir a ideia do ofício, sem que tenha sumo, ou carne ou sangue para dispôr na travessa. E esta fome, só eu sinto esta fome que não se sacia e diz o outro que é escrevendo, escrevendo que a ideia surge e ela nada, nada de nascer deste terreno infértil.
Onde está? Onde anda tudo o que é urgente dizer? Escorreu de mim, para um abismo de silêncios,   rindo-se desta inaptidão, dando o braço a tantos outros que são, esses sim, os homens que escrevem. Eu não, eu minto, engano. Em mim apenas uma vontade sem estrutura. 

 É este corpo sem pulsação, impulsivo no pulsar lento destes membros de madeira exangue, a seiva exausta, nestes olhos de vidro frio, que nada vêem, nada vivem. 
Que obra constrói um escritor que não escreve? Perdoá-lo-ão, por se inscrever, escrevendo-se por dentro? 

Serei eu feita de segredos que nem eu mesma consigo desvendar?

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Em carne e osso

Já tenho dito isto, por outras palavras, como alerta. Penso nisto bastantes vezes. É urgente não esquecermos como viver em carne e osso. Faz falta estar, com o corpo todo, junto dos que mais amamos. E reaprender a saborear os momentos pelo que são. Contra mim falo, que tantas vezes me esqueço. Este ano estou decidida a contrariar a tendência e a fazer por abraçar mais as pessoas que amo. 
Menos palavras, menos imagens. Mais acções.


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Happy

E porque estamos em festa, a inaugurar 2015, um video que nos obriga a sorrir e a dançar, ao som de "Happy", de Parrell Williams :-)
Sugiro que vejam os videos relacionados destes meninos, que reagem às velhas tecnologias (walkman, telefone, máquina de escrever, computador de 1980, etc).

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

enquanto deixo, não deixo

© Nanã Sousa Dias
10 Resoluções para o ano novo:

 1 - Deixar de buscar soluções para problemas que as não têm
 2 - Deixar de adiar as soluções para os problemas solucionáveis
 3 - Deixar as minhas unhas e peles em paz 
 4 - Deixar de me entregar à preguiça que não me deixa
 5 - Deixar de me queixar
 6 - Não deixar que as nuvens negras me escureçam
 7 - Não deixar de escrever o que me vier à cabeça
 8 - Não deixar de deixar em paz o que me atormenta
 9 - Não deixar que a falta de riqueza me empobreça
10 - Não deixar de me acordar quando adormeça.