segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Bolota

Para ultrapassar um desgosto, nada melhor do que procurar uma fonte de novas alegrias. O coração é uma balança, e entre a claridade e a sombra é urgente um qualquer equilíbrio. Por isso não adiámos mais  a compensação e recebemos em nossa casa esta pequena criatura, que há um ano vivia num canil da zona Oeste. É um amor, muito meiga e brincalhona. Segue-me pela casa e uiva se é deixada sozinha lá fora. Resolveu, assim que chegou, que a sua cama seria a mesa de jardim retangular, de madeira, pois era assim, numa superfície plana e elevada, que dormia no canil. Não adianta mostrar-lhe as casotas ou fazer caminhas fofas e querer transformá-la num Lulu: a mesa é que é.
Nunca tinha tido uma fêmea e há muito que construí uma ideia parva na cabeça de que preferia machos, vá-se lá saber porquê. Sempre tive machos a partir dos 25 quilos. O Gastão tem cerca de 45, mas já entendeu que a senhora sabe defender-se. Afinal, a vida num canil não deve ser fácil, certo? 
Pela primeira vez em cinco anos, temos um cão (cadela) que gosta de andar de carro! Ou seja, é portátil. :) O Gastão fica a guardar a casa (já que é um "cão de trabalho" e, por sinal, trabalha bem...) e ela vem passear, pois.
Bem vinda, Bolota! Ter-te connosco é um consolo para uma alma que tem andado triste. Espero estar à altura do carinho que nos ofereces de mão, digo, de pata beijada. E que fiques na nossa companhia por muitos e bons anos.

1 comentário:

  1. Doença de cão só se cura com pelo de cão. Já soube da história e estou solidário em absoluto: na minha vida já perdi tantos...que o tal pelo de cão já dava para encher um edredon.

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